quarta-feira, 19 de março de 2014

A minha história

Antes de qualquer outra coisa penso que será importante contar a minha história.
Então é assim, a minha vida começou há 30 e alguns anos...Cresci, vivi, brinquei e estudei. Por volta dos 22 anos comecei a trabalhar e o nível de responsabilidades foi aumentando. Nessa altura já namorava com o meu marido e já falávamos em casamento. Entretanto viajei muito, por trabalho e lazer, que se tornou uma das minhas atividades favoritas. Como se pode ver pela foto de fundo o que eu gosto é de sol e praia. Já estive várias vezes na República Dominicana e em Cabo Verde, Sul de Espanha, Maiorca, Menorca e por aí... Este será outro assunto para futuros post: reports de viagens.
Até ao dia em que resolvemos embarcar na aventura de sermos pais... e que bela aventura. Parte da história que vou contar nem com familiares partilhei... penso que é mais fácil contar a estranhos... pois nunca vão perguntar nada ou exigir detalhes pelo caminho. Dois meses depois de decidirmos engravidar não é que o quase impossível (pensei que iria demorar muitos meses tendo em conta os anos de pílula que tomei) aconteceu...fiquei grávida! Não estava a pensar que fosse acontecer tão rápido e no início até fiquei apreensiva. Mas rapidamente a dúvida passou a felicidade... estava radiante! Passadas 2 semanas o meu mundo caiu... tive um aborto espontâneo. A médica disse que era normal, blábláblá, que era muito nova e que a gravidez ainda era muito precoce, blábláblá,... No entanto a partir daí a minha vida nunca mais foi à mesma. Eu que sempre disse que não tinha pressa em engravidar e que acontecia quando tivesse que ser, passei a criar uma ansiedade à volta do tema. Nos primeiros meses achei normal, pois o corpo tinha de regular. Ao fim de meio ano comecei a achar pouco normal e fui a o médico que me diagnosticou problemas com a ovulação. Os meses seguintes foram passados a tomar medicação e a fazer "contagens". Ao fim de 1 ano nada e o meu nível de ansiedade e stress a chegar a um nível muito elevado. Como é possível andar descontraída com tantas contagens e injecções? Por mais que o meu marido me dissesse para não pensar nisso (marido esse que é o meu pilar!), tornava-se impossível. Afinal de contas era no meu corpo que se passavam todas essas alterações! Um ano depois a minha médica achou que algum de nós teria algum problema e aconselhou-nos uma clínica de fertilização. Nesse dia fiquei em pânico... eu não ía aguentar todos os tratamentos sem ter a certeza de sucesso. Sim, pois por mais dinheiro que se gaste ninguém te garante que consigas engravidar. Comecei logo a pensar que não iria ter dinheiro para todos os tratamentos e que isso até pudesse "abalar" o nosso casamento. Passamos por tudo isto sozinhos pois nunca contamos a ninguém. Fomos à 1ªconsulta e fizemos uma data de exames... eu supostamente não ovulava porque tinha a prolactina alta e o marido tinha uma contagem inferior de "girinos". Nessa altura resolvi deixar de pensar no assunto e pensei mesmo em desistir... mas tinha um último exame para fazer, um raio-x à cabeça. Na véspera de o fazer alguém me disse que grávidas não podem fazer radiografias e eu por via das dúvidas fui comprar um teste à farmácia. E o impossível aconteceu. deu positivo! Incrédula fui comprar outro diferente e deu positivo outra vez! Aconteceu quando não estava à espera... A partir daí foi uma gravidez atribulada pois eu tinha muito medo de abortar novamente e acabei por ficar em casa toda a gravidez... E o reguila acabou por nascer prematuro, às 36 semanas. No final correu tudo bem e agora sou mãe de um rapagão de 11 meses. Para além de ter nascido prematuro, sempre teve refluxo e pele atópica e até o diagnosticaram alérgico às proteínas do leite da vaca, ou seja tenho uma grande experiência nestes assuntos aos quais poderei dedicar em futuros posts.
Parte da minha história é esta e muito ainda há por vir... Esperem para ver/ler!

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